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Notícia - 23/02/2017 - FamÃlia tem direito a receber verbas rescisórias de trabalhador falecido
23/02/2017 - FamÃlia tem direito a receber verbas rescisórias de trabalhador falecido
A viúva e os filhos de um trabalhador falecido entraram com uma ação na Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul pedindo o pagamento das verbas rescisórias. Com o falecimento do funcionário em janeiro de 2012, o contrato de trabalho que durou dez anos foi considerado encerrado. A defesa da famÃlia do trabalhador alegou que havia férias vencidas e não usufruÃdas, que o 13º salário e FGTS de todo o contrato e respectiva multa de 40% não foram pagos.
De acordo com o relator do recurso, Desembargador Nicanor de Araújo Lima, com exceção do FGTS - ao qual se aplica regra especÃfica - o direito à s parcelas devidas ao trabalhador falecido prescrevem em cinco anos após o encerramento do contrato. Dessa forma, na época de seu falecimento as parcelas anteriores a 2007 já tinham prescrito.
Por unanimidade, os membros da Primeira Turma do TRT/MS deferiram o pagamento do 13º salário integral relativo aos anos de 2007 a 2011 e proporcional de 2012; das férias vencidas em dobro dos perÃodos aquisitivos de 2005 a 2010, acrescidas de 1/3; das férias não gozadas relativas ao perÃodo aquisitivo 2010/2011, acrescidas de 1/3; das férias proporcionais relativas ao perÃodo aquisitivo 2011/2012, acrescidas de 1/3. A empresa também foi condenada a depositar o FGTS de todo o perÃodo trabalhado, abatidos os valores comprovadamente pagos.
Os autores pediram, ainda, o pagamento de indenização por dano moral sob alegação de que passaram sofrimento e humilhações em razão de a empresa não haver pago as verbas rescisórias as quais o trabalhador tinha direito, deixando a famÃlia em uma situação financeira difÃcil, já que a pensão por morte começou a ser paga pelo INSS apenas após seis meses do falecimento.
"Em que pese o deferimento em parte das parcelas requeridas pelos autores e o evidente abalo que o falecimento do empregado lhes impingiu, a jurisprudência do TST caminha no sentido de que a ausência de regular quitação das verbas rescisórias não enseja indenização por dano moral. Aliado a isso, à ré não pode ser imputada a responsabilidade pela alegada demora do INSS em conceder a pensão, garantidora do sustento dos autores", afirmou no voto o magistrado.
PROCESSO Nº 0025786-48.2014.5.24.0071 - RO
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho - 24ª Região
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