Documento sem título
 
 
 
 
         
 
Documento sem título
FEDERAÇÃO
Funções
Missão
Base Territorial
Editais
Notícias
Informativos
Federação em Ação

Sindicatos Filiados

Convenções Coletivas

Circular de Reajuste

Benefícios

Dia das Crianças

Material Escolar 2025

Dúvidas

Serviços Úteis

Disque Denúncia

Contato
 
 
 
Notícias
 
Notícia - Carregar babá de branco a restaurante é sinal de que você é um rico bobo
Carregar babá de branco a restaurante é sinal de que você é um rico bobo




Sempre se soube que sucesso desumaniza. Só gente iniciante não sabe disso. Sucesso é muito bom. Não me entenda mal. Desumaniza porque pode fazer você achar que você é o máximo em tudo, quando o foi apenas em algo em particular, e, às vezes, esse algo é bem banal se tomarmos a totalidade das atividades e experiências humanas.
Mas o sucesso não só desumaniza, ele pode deixar você ridículo se você não perceber que a melhor forma de conviver com o sucesso é fingir que ele não existe. Pra você e para os outros. Eu sei que é difícil, então melhor consultar um profissional do ramo. Existem alguns bons por aí. Ouvi dizer que existem até alguns workshops que ensinam você a não ser um jovem de sucesso ridículo por causa do próprio sucesso. Lúcifer foi o primeiro jovem de sucesso bobo da história. E acabou ficando com o porão.
Quando o sucesso atinge você muito cedo na vida, a chance de você virar uma besta arrogante é enorme.
A juventude já é "um sucesso" em si, apesar de temporário e condenado à extinção com os anos. Quando associada a dinheiro ganho (ou herdado e ganho), essa tendência é reforçada. Quando a esse processo é adicionado o acesso a muita informação, mesmo que picada, superficial, mas abundante, ao simples toque de um rápido clique "mobile", você pode ver diante dos olhos o fenômeno tão discutido hoje em recursos humanos: jovens que estão sempre diminuindo todo ser humano que chegou ali antes dele. O pior é que tem gente de 60 anos que acha que se humilhando diante deles, dizendo que "o mundo é dos jovens", receberá um pouco de misericórdia. Bobinhos.
Muito disso é culpa dos pais, como bem mostra a psicóloga americana Jean Twenge em sua obra. "Generation Me" e "Narcissism Epidemic", dois de seus títulos, mostram bem como crianças criadas por pais que sempre as acharam o máximo, e, com o tempo, passaram a invejar a juventude delas (principalmente as mães), facilmente se transformam em jovens arrogantes e crentes de que abafam porque foram à Mongólia nas férias. Essa moçada cresceu achando mesmo que as opiniões que acumulou ao longo dos poucos anos de leitura rápida é, de fato, relevante. Pouca experiência de vida associada a muito dinheiro e a muita "cultura mobile", pode dar em várias faces ridículas do sucesso.
E quando essa turma tem filhos (se os tem...)? Surgirá a babá de branco em meio aos restaurantes de gente rica. Carregar uma babá de branco para um restaurante é sinal de que você tocou o fundo do poço da babaquice de rico. Vejamos a cena.
E, assim, chegaremos a uma outra face ridícula do sucesso. Essa você vê em restaurantes, clubes e aeroportos. Trata-se desses casais com um filho só que carrega uma babá a tiracolo.
O pai, com aquela cara de quem realmente acredita que tem a mulher na mão porque dá Chanel pra ela aos 35 anos de idade. Um daqueles descritos no parágrafo acima. Logo descobrirá o efeito devastador e purificador do tédio feminino –aquele mesmo que dizem por aí que é culpa do patriarcalismo.
Risadas?
Aliás, o patriarcalismo também é culpado pelo capitalismo, pela poluição ambiental, pela Inquisição e pelo fato da gravidade atrair corpos humanos. A mãe, com aquela dureza advinda de muitas bolsas Chanel e muito tédio, controla sua babá com um simples olhar a distância.
A babá, quase sempre vestida de branco, com aquele rosto cheio de mal-estar e vergonha, tenta fingir que não odeia aquilo tudo. Corre atrás do pequeno (miúdo, como diriam nossos irmãos portugueses) de um lado para o outro, segurando seu iPad.
O pequeno, aluno da Saint Paul ou de uma Waldorf da moda, logo dará bolsas Chanel ou se for uma pequena, as ganhará.
Mas, mesmo com rosto de mal-estar e vergonha por estar entre "gente rica", nossa babá suporta estoicamente a humilhação da roupa branca que não é de médica. Mas, quando se precisa de dinheiro, se precisa de dinheiro, coisa que em nosso mundo de plástico se esqueceu.
A pergunta é: como alguém não ensina para essa gente brega que não se leva babá pra restaurantes?
Fonte : Folha de SP
 
 
Documento sem título
Sede - São Paulo
Av. Casper Líbero, 383, 13° andar, sl 13c
Centro - São Paulo/SP
(Próx. a Estação da Luz)

Telefone:
(11) 3228-1390
 
 
2014 Copyright © Todos os direitos reservados